Você sabia que existem vários tipos de herpes e um deles tem a ver com a catapora? Doença causada pelo vírus Herpes simplex virus, o primeiro contato com ele geralmente ocorre na infância, mas muitas vezes a doença não se manifesta nesta época.
Assim, foi com a ajuda da dermatologista Jackeline Mota, que o Beyoung Blog desenvolveu a matéria a seguir, onde você descobrirá o que é herpes, o que causa essa infecção, como prevenir e também como tratar a doença.
Confira a seguir tudo o que a Dra. nos contou.
Então, o que é herpes?
Herpes é uma infecção viral que se manifesta com o aparecimento de bolhas na pele que costumam ficar agrupadas, como um cacho de uvas. Normalmente, as lesões surgem nos lábios e nas genitálias, dependendo do tipo da doença, e podem ser bem dolorosas.
A infecção é contagiosa enquanto as bolhas estiverem com líquido em seu interior, por isso, é importante tomar alguns cuidados em sua fase ativa, como: não tocar a pele de pessoas com herpes, não compartilhar objetos e muito menos beijar alguém com lesões.
Quando as bolhas estouram, surgem pequenas feridas que são cobertas de crostas e casquinhas, e é só depois que a pele se “regenera” – nessa fase, não há mais risco de contágio. Vale destacar também que os episódios de herpes duram, em geral, entre uma e duas semanas.
Quais são os tipos de herpes?
Existem duas classificações de herpes: simples (que pode ser do tipo 1 ou do tipo 2) e zóster. Além de serem causados por vírus diferentes, os tipos de herpes se caracterizam pelo local das lesões, que costumam surgir em partes específicas do corpo, confira mais detalhes abaixo.
Herpes simples
Os chamados herpesvírus do tipo 1 e do tipo 2 são responsáveis pelos casos de herpes simples. “O herpes simples tipo 1 normalmente acomete a região dos lábios, mas também pode aparecer em outras áreas, como dentro da boca”, explica a dermatologista. “Já o herpes simples tipo 2 geralmente aparece na região genital, sendo considerado uma infecção sexualmente transmissível.”
Herpes-zóster
Por outro lado, o herpes-zóster, conhecido popularmente como cobreiro, é causado pelo vírus Varicela-Zóster, o mesmo que causa a catapora, que desencadeia a doença. Assim, quem teve catapora, geralmente na infância, sofreu com a primeira infecção causada pelo vírus.
A questão é que ele pode ser reativado e provocar uma segunda infecção, que é o herpes-zóster, mais comum em idosos. Porém, algumas condições de saúde, como baixa imunidade e câncer, além de cirurgias da coluna e sinusite, podem estar associadas ao surgimento desse tipo de herpes.
O sintoma que mais chama a atenção no herpes-zóster é a dor. Geralmente, ela surge antes mesmo das erupções se manifestarem e pode persistir depois que elas desaparecem, por semanas ou até meses.
As lesões costumam surgir no tronco, na face ou nos membros, do mesmo lado do corpo, e formam linhas. “Elas são localizadas e ficam sobre onde os nervos passam. É por isso que essa infecção costuma causar dor intensa”, revela a dermatologista.
Herpes tem cura?
Como as erupções podem sempre aparecer de novo, muitas pessoas se perguntam se herpes tem cura. No caso do herpes simples, há apenas o controle da doença. “O vírus do herpes simples fica alojado em gânglios próximos à região que teve a primeira infecção. Por isso, as lesões aparecem sempre na mesma área”, comenta a Dra. Jackeline.
E ela explica ainda que a infecção costuma aparecer quando a imunidade cai, seja por estresse ou outras doenças, e que as lesões também podem surgir de novo em episódios de febre, no período pré-menstrual, durante a menstruação ou depois da exposição ao sol sem a proteção adequada. “A radiação ultravioleta diminui a imunidade local da pele e é bastante comum desencadear o herpes labial após idas à praia ou piscina”, conta a dermatologista.
Como o herpes-zóster já é uma segunda infecção, dificilmente haverá uma terceira. E a boa notícia é que dá pra se prevenir, pois existe uma vacina contra esse tipo de herpes, que é indicada para pessoas com mais de 50 anos, reduzindo a chance de aparecimento das lesões em cerca de 50%.
Conheça o tratamento da doença
Em geral, o tratamento para herpes é feito com medicamentos de ação antiviral. “O melhor momento para tratar a infecção é até 48 horas após a manifestação das bolhas, pois as medicações atuam na replicação do vírus”, orienta a Dra. Jackeline. E, em casos recorrentes de herpes simples, também é comum que os médicos prescrevam suplementos à base de L-lisina, zinco e vitamina D3.
Já para o herpes-zóster, além de antivirais, os analgésicos também entram no tratamento, pois o objetivo é não só frear o avanço da infecção, mas também aliviar a dor. Lembrando que só quem pode diagnosticar e prescrever os remédios certos são médicos formados. Então, se perceber que está com sintomas de herpes, ou teve contato com alguém enquanto o vírus estava ativo, procure atendimento assim que possível.
Se cuide e se previna
Como a Dra. Jackeline explicou ao longo do post, o herpes simples não tem cura, então, é de extrema importância estar sempre se cuidando e se prevenindo, para quem tem o vírus não passar para outras pessoas e, para quem não tem, não pegar.
Assim, lembre-se de ficar sempre em alerta quando conhecer pessoas novas, não compartilhar copos e objetos pessoais com quem você não conheça e se consultar com dermatologistas regularmente para prevenir também outras doenças que podem aparecer na pele.