Muito mais do que um incômodo estético, as manchas na pele podem indicar problemas de saúde. Por este motivo, é importante saber o que elas representam e qual a hora certa de procurar um profissional para identificar e tratar sinais mais graves.
Com a ajuda das dermatologistas Rafaella Maranhão (@rafaellamaranhao) e Jackeline Mota (@dicas.da.dra.jacke), vamos explicar o que significa manchas na pele e as características dos sinais mais comuns. Continue com a gente e saiba quando deve ficar em alerta.
Quais são os tipos de manchas na pele?
Os sinais podem ser de várias cores diferentes, como marrom, preto, branco e vermelho. E conhecer os nomes e características dessas manchas é essencial para evitar possíveis doenças de pele. Veja quais são os principais tipos:
Manchas marrons
• Melanose (manchas senis): surge com a idade e está ligada ao sol. Ela aparece com mais frequência no dorso das mãos, colo e costas, partes do corpo que ficam expostas aos raios do sol e onde as pessoas não usam protetor solar. As melanoses não se tornam câncer de pele.
Manchas pretas
• Nevo: a maioria das manchas são benignas, mas essa coloração pede uma atenção maior. É preciso ficar de olho em mudanças no tamanho ou na forma da pinta.
• Nevo congênito: as manchas pretas recebem esse nome quando a pessoa nasce com ela ou quando a pinta surge até os 2 anos de idade. Esse tipo precisa de um acompanhamento do dermatologista e, em alguns casos, a mancha é retirada para prevenção do câncer de pele.
• Queratose seborreica escura: as pintas escuras deste grupo aparecem com o tempo e, muitas vezes, são confundidas com nevo. A diferença é que elas não oferecem risco de virar câncer, são mais ásperas e geralmente surgem em áreas de dobra e no rosto.
Manchas brancas
• Sardas brancas: com o nome difícil de leucodermia solar, essas manchas brancas aparecem principalmente depois dos 40 anos de idade e não apresentam risco.
• Pano branco: chamada de pitiríase versicolor, essa mancha branca é causada por um fungo e as lesões em geral não causam problemas. É mais frequente em pessoas com pele oleosa.
Manchas vermelhas
• Nevo rubi: este tipo de mancha de pele tem tratamento. As pintas surgem praticamente de uma hora para a outra. Elas costumam sangrar quando a pessoa coça, mas não oferecem risco. São retiradas mais pela questão estética ou para evitar os machucados.
Quando ligar o sinal de alerta?
Alguns tipos de manchas têm características com as quais devemos nos preocupar. Alteração na forma da pinta, irregularidades nas bordas e mudança de cor são sinais de que a mancha pode se tornar maligna.
Pintas que são maiores que 5 mm ou aumentam de tamanho rapidamente também pedem atenção. O aparecimento de manchas em extremidades que recebem atrito, como os pés e as mãos, precisam de acompanhamento médico.
Veja quais são os tipos de manchas que mais oferecem riscos:
• Manchas acastanhadas que ficam avermelhadas, descamando, que parecem se fragmentar e vão aumentando de tamanho podem ser diagnosticadas como lesões pré-malignas – ou seja, com risco de desenvolver um câncer – ou mesmo como tumores malignos.
• Nevos melanocíticos são manchas marrons regulares, que podem ser salientes ou não. A maioria surge por causa da genética e da exposição ao sol. O problema é que essas pintas podem, ao longo do tempo, apresentar alterações e se tornar malignas, originando o melanoma.
• O melanoma, em geral, é uma lesão sólida que pode ser plana ou com relevo. Tem aspecto irregular e é escura, com mais de um tom. “Este é um dos piores tumores que existem. Quando não diagnosticado no momento correto, pode desencadear metástases e até levar à morte”, alerta Jackeline.
O ideal é procurar por dermatologistas para tirar dúvidas. “É necessária uma avaliação para que possa ser realizado o exame clínico e a dermatoscopia, um método para visualizar a pele com um aparelho que amplia e ilumina a imagem. O objetivo principal é descartar o câncer de pele do tipo melanoma”, diz Rafaella.
Como se prevenir das manchas na pele
Um dos principais cuidados para prevenir o surgimento de manchas é evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, quando há maior incidência de radiação do tipo UVB.
Usar protetor solar é fundamental. As manchas de melasma, por exemplo, podem ser evitadas com a aplicação diária do produto. Vitaminas e antioxidantes orais com ação fotoprotetora podem complementar essas medidas de prevenção.
Consulte-se com dermatologistas
Lembre-se que, além de prestar atenção nas manchas da pele, fazer um check up anual com dermatologistas é essencial para sua saúde. Se notar qualquer alteração ou se estiver em dúvida, não hesite: procure por especialistas.